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segunda-feira, 16 de outubro de 2023

Um congresso cada vez mais aparente nas suas funções típicas e sedento por desvios.

 Uma pergunta provocadora a se fazer quando se quer debater sobre a atuação do congresso brasileiro ou mesmo quando se quer pesquisar e conhecer a respeito dele é -para que serve o congresso?- Com base nessa indagação outras perguntas podem ir surgindo. Afinal, o congresso tem se mostrado muito contraditório nos últimos anos. 

Perguntaríamos, -quais debates o congresso deve fazer? Quais matérias podem ser discutidas nas casas legislativas do nosso país?- Com uma pesquisa rápida nos buscadores é possível qualquer um que o faça se apropriar daquilo que são as atribuições legais do congresso nacional. Resumindo: é discutir todo tipo de matéria que possa ser transformada em lei. -Agora aqui mora o bicho-. No congresso podem ser discutidas leis ilegítimas? É função do congresso legislar pautas que não representam a vontade do povo? E ainda que represente uma vontade de muita gente, o congresso pode se ocupar de debater temas que contrarie direitos fundamentais de algum seguimento social? O congresso pode legislar na contra mão dos reais problemas da nação?

Vamos parar por aqui, pois as indagações são muitas. Nas respostas comecemos por dizer que sim, o congresso pode debater quaisquer matérias que possam ser transformadas em leis, tanto aquelas de práxis como as orçamentárias, como aquelas que representarem alguma demanda social urgente ou necessária. Contudo, se de fato, os parlamentares se ocupassem de pesquisar temas reais como a fome, o desemprego, a desigualdade social, o sistema penitenciário, a questão sanitária, o crime organizado etc. certamente não haveria espaço para as propostas mais asquerosas e destruidoras de direitos como se tem visto nas casas legisladoras. Que o congresso é um espaço de representação plural é algo tão real quanto necessário. Mas isso não impede que de tempos em tempos ou mesmo por um bom tempo ele seja contaminado com representantes de interesses que não são interesse comum, nem social, nem tenham coerência com a dignidade ética da sociedade ou mesmo que grupos organizados e criminosos possam financiar a entrada de gente maldosa nas casas do povo.

Trago para o texto o fato de que nos últimos 7 anos o congresso tem mantido uma tara por perseguir direitos e especialmente nos últimos 4 anos colaborou com um governo, que fez as piores escolhas políticas, a desmontar muitos direitos históricos. A que preço? A sanha por poderes que não são seus, mais precisamente, o controle total do orçamento, tem sido uma trilha perseguida por personagens ilustre da política brasileira com forte representação no congresso. O orçamento secreto que agora não é mais secreto foi um experimento que não deve mais retroceder, que no final acaba sendo apenas gigantes fatias de dinheiro que, como se diz no ditado popular, com este eles já podem contar. Além dos bilhões das emendas e do fundão eleitoral, o loteamento do orçamento da união através da briga por cargos tem sido uma política preferencial de congressistas assanhados e tarados por uma linha ideológica que não representa os interesses do povo.

Acrescente-se a isso o fato de que nas comissões mais nobres do congresso como as de direitos humanos, cidadania e constituição estão sendo postas pautas que no mínimo envergonham aquilo que seria a função do congresso. Os parlamentares deveriam ao menos usar o bom senso de não optar por manter uma chama maldita do separatismo ideológico dentro de um espaço tão importante nos instrumentos da republica que é o congresso. Estamos vendo absurdos sendo discutidos como o fim do casamento homo afetivo, ou uma CPI do MST e ainda pautas para limitar a atuação do SFT que com um básico de intelectualidade se sabe que não passa de uma atitude para oportunizar um debate que, embora descabido, é suficiente para gerar vídeos que alimentam uma horda de internautas e bolhas ideológicas reacionárias e agressivas que pensam às margens do ideal de sociedade e, é preciso que se diga, financiados por estes mesmos políticos ou empresários que financiam esses políticos para contaminar as redes sociais com esse males.

Retomando a pergunta inicial – para que serve o congresso?- vamos responder que certamente não serve para se debater fundamentos de uma religião nem as crenças fundamentalistas, pois o estado é laico e nos países onde a religião está no estado, vemos as piores ações contra direitos humanos, e infelizmente aqui têm uns de extrema direita tarados por um Estado totalitário. O congresso não pode ser palco de discursão para piorar temas que representam direitos pacificados na sociedade como o casamento civil homo afetivo, pois isso é fazer mau uso do cargo público para alimentar um ódio já abundante na sociedade usando um instrumento da democracia. O congresso não pode frear sua função legislativa frente a questões tão necessárias que diz respeito ao combate a fome, a melhorias da educação, ou justiça tributária em troca de avançar no controle do orçamento e do controle de cargos importantes de Estado para fazer barganha política sob pena de temos uma campanha eleitoral interminável.

Por fim, uma pergunta muito importante: como ajudar a mudar o congresso? Eu respondo dizendo que é preciso conhecer o discurso do seu candidato. Primeiro o ato de votar deve ser pensado na atitude de escolher alguém que vai representar temas que, embora sejam plurais, mais devem ter legitimidade social, ter coerência com a situação nacional e que ajudem no crescimento do país com mais inclusão, mais educação, mais renda, mais justiça e não o contrário. A função parlamentar deve se ocupar de debater leis que atendam a todos ou que, ao atentar um grupo, não contrarie direitos nem exclua injustamente outros. O cargo público de legislador não pode ser ocupado por alguém que queira destruir direitos, ou por pessoas que queiram usar o espaço para aumentar o ódio ao outro ou reduzir o acesso a direitos; não podemos escolher congressistas que apostam no caos social, na mentira, no ódio, no preconceito, no fanatismo religioso para com isso apenas lucrar. Tais homens e mulheres maus, sabem que suas tolices, pelo menos por enquanto, não terão vez, mas usarão o salário público, o cargo público para criar vídeos de lacração que os mantenha como um fiel representante de uma bolha ideológica que pode mantê-los no poder fazendo do cargo uma carreira profissional com os recursos públicos e tentando piorar o espaço social brasileiro. A mudança começa pela reflexão sobre os direitos sociais que devem ser de todos sem exceção e o papel do legislador que não pode fugir dessa responsabilidade.

 

sábado, 20 de agosto de 2022

Qual Brasil? Qual Deus? Uma reflexão sobre implícitos da língua portuguesa.

 










Na frase da imagem, de qual Brasil se fala? Do Brasil geográfico ou do Brasil humano?


Se for do Brasil humano, isso inclui os brasileiros desassistidos? Os brasileiros desempregados? Os brasileiros famintos? Os brasileiros injustiçados? Os brasileiros diferentes e os que pensam diferente? Os brasileiros que discordam? Os brasileiros que...

Ou seria o Brasil dos empresários? Ou o Brasil do agronegócio? 

Seria então o Brasil dos políticos? Ou o Brasil de um grupo de políticos?


E o Brasil das minorias?

E o Brasil dos indígenas?

E o Brasil dos sem terras?

E o Brasil dos miseráveis?

E o Brasil dos empregados informais?

E o Brasil dos que vivem no êxodo rural?

E o Brasil dos jovens estudantes?

E o Brasil dos sem teto?

E o Brasil dos "invisiveis?

E o Brasil...?


Será que somos apenas um Brasil?

Será que essa frase representa todos nós?

Será que todos esses "Brasis" estão incluídos na ideia da frase "Brasil acima de tudo?


ACIMA DE TUDO O QUE MESMO?


Seria acima das desigualdades?

Seria acima das injustiças?

Seria acima da inércia estatatal?

Seria acima da fome?

Seria acima da corrupção?


Ou apenas acima dos "inimigos políticos" de um grupo desse Brasil, o da frase?


DEUS ACIMA DE TUDO?


Vixe? E para o Deus de todos nós, seja o cristão ou o das várias formas de religião, está "acima de todos" é preciso que Ele, o Deus, se misture numa campanha política? Ou numa ideia de um grupo político?


Ou será que é uma estratégia de um grupo que quer o Brasil só para si e seus interesses e imagina ser o Deus apenas de seu grupo?


Será que esse grupo imagina "de verdade" que o Deus cristão apoia seus ideiais?


De qual Deus se fala na frase?

De qual Brasil se fala na frase?


Mais implícitos são possiveis?


**Texto por Isaque de Freitas.

sexta-feira, 24 de dezembro de 2021

Feliz natal para quem?

 Feliz natal para quem?

No período natalino é comum ouvir desejos de felicitações que mais parecem um mantra... -feliz natal!-... Mas feliz natal para quem? Feliz de que forma?

Para responder as perguntas é preciso tirar as práticas que contaminaram o natal. Bolinhas, pisca-piscas e arvore de natal? Isso trás alguma felicidade? - Papai Noel? -Não me diga! O que essa figura do mercado tem a ver com o natal e com "um feliz natal? Lamento dizer, mas nem os presentes e reuniões familiares passam perto da ideia de natal, ambas as coisas apenas aquecem o mercado e o "espírito natalino" se resume ehm consumo, enfeites e presentes. 

Passar o natal? O que é isso? -vamos lá! ... Se você perguntar, uma grande quantidade de pessoas, após uma indagação bem feita, dirá que natal é nascimento de Jesus. Opa! Então está tudo errado, pelo menos a maioria. Como essas festas, cores, e propagandas vão representar o nascimento de Jesus? Símbolo de natal? O quê? A árvore? Isso é sério?Se o natal é o nascimento de Jesus, então tem-se um incentivo a mais para se refletir a primeira vinda do salvador. Sim! A primeira vinda, pois as profecias anunciam uma segunda vinda do mestre. Desse modo, há que se refletir que, se em sua primeira vinda, nascimento, veio com ele um ideal evangélico de amor ao próximo, de justiça social, denúncia das injustiças; acolhida aos excluídos, perdão, partilha e... a lista segue. O interessante dos referidos ideais evangélicos é que todos têm um propósito comum: nos fazer sair do nosso ego, da nossa zona de conforto e nos dirigir ao próximo para, de algu?m modo, servi-lo. 

Assim, o símbolo do natal é o presépio, e dele, os ideais evangélicos de Jesus em sua primeira vinda que recai como sugestão de seguimento a quem ousar ser cristão. De modo que, pensar em uma segunda vinda do mestre permite fazer a si mesmo alguns questionamentos: o que eu tenho feito para que os ideais de Cristo sejam materializados na minha vida e na vida do meu proximo? Se os ideias evangélicos tivessem sendo aplicados, haveria mais de 1bi de pessoas com fome, sem casa e um número ainda maior de indignidades humanas? 

É urgente que se reflita que "o feliz natal" é um mantra infeliz, pois não tem relação evangélica, nem se dirige aos excluídos, principais preferência do filho de Deus que veio para que todos tivessem vida em abundância. 

Por fim, apenas quando o Espírito Natalino nos fizer mudar de atitudes, apenas quando  houver justiça social que oportunize igualdade e dignidade da pessoa humana é que se poderá falar em natal feliz de verdade. Não passe o natal, pense e viva os ideais trazidos com a primeira vinda de Jesus e esteja preparado para a sendunda vinda.


sábado, 12 de setembro de 2020

POLÍTICA, UM POUCO DE REFLEXÃO.

Farei esta análise com referência de um grande autor que se ocupa em refletir o tema social e usarei algumas comparações metafóricas para fins didáticos. -Para Fanon, as pessoas têm uma tendência natural à relutância, ao passo que se parafrasearmos, possuem uma tendência "naturalizada" a ser líderes e a dominar, em oposição factual de, quase sempre, serem dirigidas, dominadas e deixar-se alienar.


É facilmente inteligível, que as conquistas burguesas, ao longo da história têm precedentes em duas faces distintas e interconectadas: para exemplificar o resultado de perda ou vitória entre dominador e dominado, uso a metáfora de dois lutadores de boxe sem os códigos de ética do jogo, um deles (de aspecto fraco) vence o oponente (de aspecto forte) e o deixa caído no chão; a atitude do vencedor é um tanto de cortesia, ao passo que, já vencedor, tenta ajudar seu amigo (ou oponente) a se levantar. - É nessa parte da luta que jaze um segredo reflexivo de relações mútuas. O fato de o oponente estar caído no chão pode pressupor que ele está vencido, e é obvio em um primeiro momento, mas nada impede que de maneira dissimulada, ele esteja fingindo estar vencido, para no momento oportuno dar seu golpe fatal. 

As lutas de classes têm sido motivos de grandes conquistas e fracassos ao longo dos tempos. Mas o que quero enfaticamente, e até com um caráter sintético, é extrair as duas faces da situação: apesar de vencedor, a aproximação com o oponente deve ser sob medida. 

Assim, NAS LUTAS SOCIAIS, onde as classes menos favorecidas só gozam de algumas ações do governo devido às lutas incansáveis, o sangue derramado e as incessantes cobranças (isto é óbvio), PERMANECE um agravo interno, que desfavorece a emancipação e a vitória verdadeira dos povos proletários, trabalhadores rurais, sindicalistas etc. (para fazer referência ao lutador de caráter mais fraco); ao passo que FAVORECE a supremacia e hegemonia do outro lado da luta: os dominadores e os opressores ( para fazer referencia ao lutador de caráter forte).

Com esses exemplos, entendo que, duas forças precedentes, não naturais, porém naturalizadas, garantem o sucesso das classes dominantes: de um lado está todas as estratégias de dominação, e a posse hereditária do poder, na iniciativa pública e na iniciativa privada, ou na convergência de ambas; de outro lado está a classe dominada, não totalmente organizada, vítima das forças midiáticas dissimuladas e das estratégias neolinguísticas e discursivas dos poderosos que contribuem para o SURGIMENTO DE PESSOAS, das classes desfavorecidas, que se deixam alienar-se (às vezes de maneira consciente), e praticam as mesmas ações do dominador. Tais pessoas são usadas como massa de manobra, para minar a organização da sociedade civil.

Em síntese, não é por causa do aspecto forte do nosso oponente nem é por causa do aspecto fraco das classes pobres, proletárias e trabalhadoras rurais que não temos uma sociedade mais justa, partilhada, progressista, segura, produtiva e emancipada, (vencedora); é  INDISCUTIVELMENTE por causa do apego e da alienação aos costumes do dominador, por parte de alguns dos dominados nas poucas oportunidades que têm, uma arma voluntária (um gol contra) dentro do processo de luta de classes.

domingo, 24 de novembro de 2019

O mal do futuro de ontem e do amanhã.

Grande parte dessa geração de jovens está perdida. Foram ceifados, imbecibilizados e colonizados pela tecnologização do ser e do saber. Vivem uma pós verdade e se fundamentam em suas próprias loucuras ou nos seus ídolos. Amam a futilidade e seus cérebros estão sendo programados todos os dias para serem divulgadores de bobagens. Sua cultura é baseada no louvor do descartável, do imediato e da coisificação do humano. Têm prazer no fracasso alheio e vivem como numa selva com pouca comida: são competidores mortais ente si.
Não há muito o que fazer. A primeira a fracassar foi a família, e consequentemente a escola e infelizmente também a igreja. O mais provável e angustiante é ter que esperar que alguns morram porque farão escolhas perigosas; outros aprendam a lição tardiamente porque farão algumas boas escolhas e uns poucos salvem a intelectualidade da  humanidade porque verão nos outros os erros que não se deve cometer e conservarão o mundo para um futuro incerto.

sexta-feira, 20 de setembro de 2019

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PRODUÇÃO DE TEXTO
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