Artigo
de opinião, 29/10/2016
Isaque
de Freitas
Quando menciona-se o termo
“potencialidades”, tenta-se referir a vários tipos de forças e talentos
despertados de forma voluntária ou mediada no processo de maturação do jovem.
Tais potencialidades são uma espécie de energia
operante que pode ser usada para realizar “qualquer coisa” que a pessoa
queira, e esta, em idade juvenil, tem um nível de potencialidades ainda maior.
Por outro lado o mesmo
termo pode designar um estado onde esta energia operante esteja congelada, em
uma forma inexplorada, ou pouquissimamente explorada, condicionando ao
individuo um estado de má formação psicológica e social. Dessa forma, percebe-se
que somente a doutrinação, que acontece com a ajuda dos meios educativos a que
estes jovens mantêm contato, é capaz, e tem a responsabilidade de ajudar a
despertar estas potencialidades jazidas na pessoa do jovem.
Agora a questão é outra:
para se falar das implicações circundantes
na vida dos jovens, deve-se partir da ideia anteriormente dita sobre suas
potencialidades. É sabido que o fator biológico condiciona ao jovem ter,
adrenalina, pré-disposição para a curiosidade, para a criação, para a
externarão dos talentos, para a interação, para o relacionamento, para a
autopromoção etc. E é aqui, neste ponto, que emana a principal reflexão: as potencialidades do ser jovem, podem ser
despertadas de forma positiva e negativa, de acordo com o que pode ser chamado
de fato gerador de instrução.
Voltando ao exemplo sobre os meios educativos, nota-se: que se o individuo
jovem, desenvolve-se em uma família que é auto-doutrinada para o bem, e esta
família ajuda seus filhos na educação secundária da igreja, tem-se parte do
caminho andado para a formação de um jovem que usa suas energias operantes para produzir efeitos bons na sociedade.
Contudo, uma terceira
parte do processo educativo destes jovens é essencial para orientá-lo no uso de
suas forças inatas: a escola, que já conhecemos sua trajetória de insucessos. E
para não aprofundar neste campo será detalhado algumas das principais
implicações que os jovens enfrentam pela falha das três instituições
mencionadas.
O populismo como diz o jornalista Uruguaio Eduardo galeno, consiste
na noção de patriotismo internacional, e ao invés de trazer vantagens, nos leva
apenas à imitação ideológica dos costumes capitalistas do chamado governo mundial. “Isso significa que não
vamos nos defender com legitimidade, nem escolher como queremos ser, ter ou fazer, pois alguém
vai sempre decidir por nós”.
Ideologia
do ser
Os jovens estão sendo
bombardeados pela influência alienante da mídia presente, sobretudo na produção
de bens de consumo, idealizando um modelo de pessoa a ser alcançado por todos,
baseado no estilo, na moda, na idolatria de pessoas famosas, na governança da
beleza, etc.
Ideologia
do ter
Neste processo de imitação
do modelo ideal de ser, “ter” torna-se uma prerrogativa da sociedade contemporânea.
Para ser sintéticos, imagine-se que nossos jovens vitima desse processo,
desejam como regra infalível ter: um celular da moda, ter uma moto, ou carro,
ter dinheiro (às vezes sem o uso do trabalho), ter reconhecimento (no caso dos
posts variados nas redes sociais), ter
muitos amigos, ter fãs etc. isto para não falar do restante.
Ideologia
do fazer
O que é possível destacar
para este tópico é, em especial, o efeito nefasto da ideologia dos donos do poder, que usam a escola como
ferramenta para aparelhar a criação de técnicos que servem ao capital. Contudo
a atividade de pensar, de refletir, de produzir efeitos sociais
revolucionários, sonhar com um mundo justo e lutar por ideais, fica reprimido
no meio de um processo pedagógico camuflado nas propostas dos servidores
públicos, municipais, estudais e federais.
Assim eles querem usar os
talentos empíricos desses jovens para doutrina-los a seguir modelos que
favorecem dois lados: a manutenção de uma elite soberana que cria e produz o
material cultural, e outra classe que imita e consome “passivamente” tudo que
produzir essa elite. Para eles, é melhor uma massa de seguidores que compram e
usam roupas propagandas, produtos
supérfluos do setor cosmético, para divulgar suas marcas, e fortalecer seus
impérios.
A saída então é as duas
instituições matrizes da boa educação (a família tradicional e a Igreja) se
darem conta que podem gerar bons filhos, e Bons cristãos, e estes podem sonhar,
idealizar e lutar por uma escola que complete o caminho que o jovem deve
percorrer para contribuir na formação de uma sociedade já idealizada por Jesus
Cristo, onde “o reino de Deus esteja mais próximo.